quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Dicas de como ser sustentável

Dicas de como ser sustentável

       Dicas para ser sustentável



1. A localização de um edifício é muito importante no que respeita às necessidades térmicas do espaço interior. Estas
necessidades estão contempladas no Regulamento de Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
(RCCTE), onde se apresentam estratégias que contribuem significativamente para a melhoria do desempenho térmico
dos edifícios. Procure aconselhamento especializado para verificar se a casa que vai habitar cumpre este Regulamento
tanto para a situação de Verão como para a situação de Inverno.
2. Prefira um local arejado com pouco trânsito automóvel, o que se traduz em menos poluição e, bem servido de
transportes públicos, para que os possa usar em alternativa.
Se lhe for possível habitar próximo do seu local de trabalho, desloque-se a pé. Far-lhe-á bem à saúde e contribuirá para
um ambiente mais saudável.
3. O Sol é a nossa maior fonte de energia. Tire disso o melhor proveito escolhendo uma casa maioritariamente orientada a
Sul de molde a minimizar consideravelmente as necessidades
de aquecimento durante a estação de Inverno. A radiação solar incide nas janelas de vidro e aquece de forma natural o
espaço interior.


4. Durante a estação de Verão, há que impedir o sol de incidir nas janelas voltadas a Sul, verifique se as janelas possuem
uma protecção pelo lado exterior: uma pala, persiana ou até vegetação (de folha caduca no Inverno).
5. Se a casa que vai habitar tiver janelas orientadas a nascente (Este) ou poente (Oeste) necessita obrigatoriamente
de persianas exteriores, pois é nestas orientações que o sol incide mais horizontalmente. É imperativo, durante a situação de Verão, correr estas persianas, protegendo o vidro, pela
manhã a Nascente e ao final da tarde a Poente.
6. O lado Norte da casa deve ser reservado a W.C.s, arrumos,ou outras divisões que necessitem de poucas aberturas (ou
mesmo nenhuma) para o exterior. É nesta orientação que se originam grandes perdas térmicas através do vidro durante a
estação fria. Se for impossível a escolha de uma casa sem divisões orientadas a Norte, então tenha sempre presente esta questão.

7. As fachadas envidraçadas originam grandes ganhos térmicos na estação quente e perdas térmicas muito
consideráveis durante a estação fria, o que implica sistemas de climatização adicionais para corrigir este efeito. A área de
envidraçado de uma divisão não deve ultrapassar 15% da área de pavimento dessa divisão.
8. Devemos também tirar partido do sol no que respeita a iluminação. Prefira divisões iluminadas naturalmente para
minimizar a necessidade de iluminação artificial. Existem no mercado equipamentos de transporte de luz natural para divisões não iluminadas. Este “transformador de luz natural”
canaliza a luz do exterior para o interior.
9. Sempre que necessária a iluminação artificial, opte por lâmpadas de baixo consumo e por iluminação localizada (só
apenas onde é de facto necessária). Esta iluminação deverá ser provida de dispositivos para regulação do ambiente
luminoso.
10. Se a casa que vai habitar ainda não possui equipamentos electrodomésticos, prefira, sempre que possível, os de Classe
A, mais eficientes no que respeita ao consumo de energia e ao contrário do que se pensa não são necessariamente mais
caros.
11. A localização e orientação solar, bem como a construção do edifício, é determinante para se ter uma casa confortável,do ponto de vista térmico. Verifique na Ficha Técnica da
Habitação (FTH) como são as paredes exteriores do edifício.
Deverá optar por soluções de parede dupla com isolamento ou parede simples com isolamento pelo exterior da parede.
12. O isolamento térmico adequado é determinante para evitar perdas de calor no Inverno ou ganhos de calor no Verão,
mantendo assim uma temperatura constante no interior de sua casa. Prefira um material de isolamento com um baixo
índice de condutibilidade térmica (U-value), mas com baixo teor de energia incorporada (energia consumida desde a
extracção da matéria prima até ao produto final).
13. Verifique as caixilharias e o vidro. Aquelas com corte térmico (são fabricadas de forma a promover uma redução da
transmissão térmica entre 40% a 60%) e vidro duplo são as mais indicadas do ponto de vista de conservação de energia.
No entanto, deverá optar por caixilharias com grelhas de ventilação, para facilitar a renovação do ar.
14. Dê especial importância aos materiais utilizados,preferindo os de baixo impacte ambiental, não só na sua
produção, mas também ao longo da sua vida útil. Informe-se sobre o poder de reutilização ou reciclagem dos materiais
utilizados na sua casa.
15. É importante escolher materiais homologados e/ou com marcação CE e, nos casos mais importantes, solicitar os
certificados de conformidade de acordo com as especificações aplicáveis, emitidos por entidades idóneas e
acreditadas, seguindo as instruções dos fabricantes para a aplicação dos mesmos.
16. Verifique se a cobertura do edifício (terraço ou telhado),está adequadamente isolada (poderá fazê-lo através da FTH).
Prefira um isolamento imputrescível e resistente à água,preferencialmente colocado sobre a laje e sobre a camada de
impermeabilização.
17. Se o pavimento de sua casa estiver em contacto com o solo, opte por isolantes térmicos imputrescíveis e resistentes
à água, ou pavimentos com caixa-de-ar e devidamente impermeabilizados para evitar perdas térmicas ou outras
patologias associadas através do solo (estas soluções construtivas devem vir explicadas na FTH)

18. A renovação do ar interior é muito importante para que se mantenham as condições de salubridade interior nos edifícios.
Uma casa insuficientemente ventilada poderá gerar humidade através dos vapores que se formam, afectando o conforto ou
mesmo a saúde dos habitantes. Verifique se as caixilharias possuem dispositivos que permitem a ventilação.
19. As cores utilizadas nas fachadas e coberturas também influenciam o conforto térmico. Seja selectivo na escolha da
cor de sua casa, considerando que, as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores mais escuras (enquanto uma fachada branca pode absorver só 25% do
calor do sol, a mesma fachada, pintada com cor preta, pode absorver o calor do sol em 90%).
20. Se a casa que pensa habitar está provida de equipamentos que funcionam à base de energia renovável,tanto melhor! Se vai construir é altura de os aplicar. De entre
os vários existentes no mercado destacam-se:
Colectores solares térmicos
Estes equipamentos captam a energia do Sol e transformam-na em calor, permitindo poupar até 70% da energia necessária
para o aquecimento de água. O RCCTE diz que todos os edifícios novos com condições de exposição solar adequada
serão obrigados a ter, sempre que seja tecnicamente viável.
Painéis solares fotovoltaicos
Estes painéis constituem uma das mais promissoras formas
de aproveitamento de energia solar. Por meio do efeito fotovoltaico, a energia contida na luz do Sol é convertida em
energia eléctrica. Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados, sem rede eléctrica, ou como sistemas ligados
à rede.
Bombas de calor geotérmicas
São sistemas que aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento do ambiente. Actuam como máquinas de
transferência de calor. No Inverno, absorvem o calor da Terra
e levam-no para sua casa. No Verão, funcionam como ar condicionado, retirando o calor de sua casa para arrefece-lo,no solo.
Mini-turbinas eólicas
A energia do vento acciona estes sistemas para fornecer electricidade a uma micro-escala. Embora as micro-turbinas
eólicas mais comuns sejam colocadas no terreno, existem umas de pequena dimensão que podem ser colocadas no
topo das habitações. Podem significar uma redução do consumo de electricidade de 50% a 90%.Sistemas de aquecimento a biomassa
A biomassa pressupõe o aproveitamento da matéria orgânica(resíduos provenientes da limpeza das florestas, da agricultura
e dos combustíveis resultantes da sua transformação). Em casa, este tipo de matéria pode ser utilizada, por exemplo, em
sistemas de aquecimento, representando importantes vantagens económicas e ambientais.
Fonte

http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Opiniao

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